Primeiro compramos uma gaiola que seria ideal para a Calopsita (Tininha) dormir. Ela teria liberdade depois de já ensinada, porém era necessário ainda educá-la e condicionamos que ela ficaria a princípio solta enquanto estivéssemos em casa. (Nossa casa tinha rede de proteção e tela de mosquiteiro em toda casa e nessa época ela não ficava só sem supervisão). Enquanto estávamos fora ela ficava na gaiola e para dormir cobríamos sua gaiolinha.
Tivemos receio de colocar outra fêmea de calopsita por temer brigas por território e não queríamos filhotes, decidimos então por uma fêmea de periquito.
A gaiola ainda era adequada para as duas, principalmente porque elas já estavam acostumando a sair durante a noite para voar e entravam para dormir à noite.
Justo quando a periquitinha (Lelinha) estava se acostumando timidamente a ficar conosco perto, descobrimos que ela estava com problemas para voar. Provavelmente por má alimentação dos pais e no inicio da infância. Assim, seus ossos não desenvolveram bem, o que gerou um problema na coluna.
O veterinário então recomendou que não a deixássemos mais solta, pois haveria um grande risco dela se machucar ao voar e, para ficar presa, seria necessário adquirir mais um periquito para que ela pudesse ter companhia. Neste caso seria recomendável mesmo que não fosse um macho, pois poderia induzi-la a colocar ovos e possivelmente agravar os problemas nos ossos pela falta de cálcio (tenho colocado periodicamente cálcio extra na ração dela e oferecido diariamente folhas como couve e espinafre - foto no fim da postagem).
Compramos então a Blu para fazer companhia... Mas achamos que ela ficava triste, pois tentava interagir com a Lelinha que não permitia que ela nem chegasse perto. E ela parecia bastante carinhosa (tentava coçar a Lelinha e não era bem recebida provavelmente porque devia sentir dor pela coluna ruim).
Decidimos aumentar a trupe e trouxemos a Didinha... Depois dela, achamos um ponto de equíbrio, pois a Tininha se entretinha vendo-as e por vezes interagindo diretamente, a Lelinha tinha companhia e a Blu e Didinha podiam ser carinhosas à vontade entre elas. (Nesta foto a Didinha está brincando de aranha...)
Apesar de não soltarmos quase nunca a Lelinha (ela mesma raramente tentava sair) as duas mais novas aprenderam a sair e voltar da gaiola assim como a Tininha fazia. Só que era necessário separá-las à noite, pois a Tininha não relaxava com elas na gaiola (a Tininha não curtiu muito carinhos e coçadinha da Blu que vivia tentando...)
Daí foram muitos meses tentando achar uma gaiola/viveiro que pudesse atender : dois ambientes, porta grande que facilitasse a entrada e saída. Como não encontrei, comprei duas gaiolas e fiz uma emenda adaptando-as...
O problema é que a Lelinha, justamente a que não poderia ficar saindo, cismava de tentar fugir quando não estávamos em casa e passando entre as grades!!!!
Cheguei a cobrir com tule a gaiola o que ficou por algum tempo, mas ainda não estava satisfeita com o resultado. Daí comecei a buscar com os fabricantes uma gaiola ou viveiro que tivesse as grades mais próximas para evitar que ela se machucasse, mas que não perdesse o espaço interno, tivesse rodinhas e ainda pudesse abrir a porta de forma a elas conseguirem pousar para entrar e sair, já que elas estavam acostumadas e bem educadas assim. ..
Só que não achei e nenhum fabricante aceitou encomenda com a modificação...
Depois de muito procurar e visitar várias lojas, medir e pensar, arrisquei um viveiro de periquito acoplando uma das gaiolas em cima e ainda criando um módulo para a porta. Ufa! Deu trabalho, mas o resultado ficou bom.
Em outro post, coloco o passo a passo da montagem do módulo da porta.